quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Assediando o Império Celestial (I)

Os próximos posts foram adaptado de aula expositiva-dialogada. As referências virão ao final das postagens.

•Durante muito tempo, a China foi comercialmente assediada pelos países europeus. As inúmeras tentativas ocidentais de estabelecer um comércio fixo com o Reino Celestial indicavam o desejo por mercadorias chinesas, tais como: seda, porcelana e chá.
•Contudo, o império manchu nunca viu com bons olhos uma possível relação comercial com a Europa e sua posição sempre foi de quase total fechamento ao mercado externo.





O início do assédio
•Esta atitude era evidenciada pelas poucas transações comerciais existentes, que eram autorizadas em alguns poucos portos ao sul, principalmente em Cantão. No mapa, a região aparece como Guandong: http://www.cao.pt/image/cantao.gif

•Este foi o panorama que vigorou até o início do século XIX, período marcado pela expansão da industrialização européia, e, conseqüentemente, pelo surgimento das grandes potências imperialistas.


Ópio contra a China

•Assim, nos séculos XVII e XVIII, os europeus encontravam dificuldade para comerciar no interior da China. O governo central colocava empecilhos aos comerciantes estrangeiros que, mesmo assim, foram pouco a pouco penetrando no país. Ao contrário da Índia (onde se comerciava diretamente com os príncipes locais), a China mantinha sua unidade política, com o imperador fazendo sentir sua autoridade sobre as mais distantes províncias. Para cada negociação, o estrangeiro tinha de relacionar-se com o governo central.
•No século XIX, no entanto, o poder central praticamente já não detinha autoridade sobre o seu território. Inicialmente, os britânicos compravam chá, sem conseguir vender aos chineses algum produto em igual quantidade, mas descobriram que o ópio era uma mercadoria de grande aceitação entre a população chinesa. Com aprovação do governo britânico, a Companhia das Índias Orientais lançou-se à venda do ópio, que era produzido na Índia e na Birmânia, com efeitos terríveis.

Papoula, matéria-prima do ópio.



Ópio: a ruína do Império.
•Infiltrando-se na Índia, através da Companhia Britânica das Índias Orientais, a Inglaterra descobriu uma maneira de acabar com o protecionismo da China.
•Adjacente ao território chinês, e, sendo a maior produtora de ópio do período, a Índia se tornou fornecedora do produto que arruinou o isolamento comercial do império manchu.
•Este entorpecente logo se transformou em uma praga entre chineses, e, seu contrabando foi considerado muito lucrativo para Inglaterra, principalmente, à medida que este entorpecente virou moeda de troca para obtenção de mercadorias chinesas.
•Porém, a Inglaterra investindo no comércio do ópio no território chinês, conseguiu apenas uma parte de seus objetivos, pois suas pretensões eram maiores e não se resumia apenas no comércio dos apreciados produtos chineses.



A China reage: a carta de Lin e a nova lei chinesa(1839)


•Com o tempo, o ópio começou a provocar vários malefícios na população chinesa, provocando uma atitude do governo manchu a este produto, que tanto prejudicava seu povo.
•O governo chinês reagiu enviando uma carta diplomática à rainha Vitória, da Inglaterra, para que a Soberana proibisse o comércio de ópio ilegal na China. Mas o pedido não foi levado em consideração.
•Em 1839, o imperador chinês mandou executar uma política sistemática de confisco do ópio contrabandeado no porto de Cantão, assim como, a prisão e expulsão de seus principais mercadores.
•Mapa: http://www.historianet.com.br/imagens/neocolonialismo2.jpg

A China cercada de colônias:
1.Britânicas
2.Francesas
3.Portuguesas
4.Alemãs
5.Japonesas
6.Holandesas

4 comentários:

Nanael Soubaim disse...

Quando os espíritas dizem quem não há mérito algum em ter sido rei, eles não brincam. Raros são os que poderiam lembrar da vida na realeza sem ficar rubro de vergonha. Por isto mesmo, apesar de tudo, admiro uma rainha que trabalhou como mecânica na II Guerra e educa os netos com mão de ferro.

Adriane Schroeder disse...

É complicado, não, Nanael?
Assim como Gandhi, que eu admiro tanto, mas batia na esposa.
Humanos, todos.

Leticia Samara disse...

Amei o conteudo...!!!Estou estudando sobre isso..e estava dificil achar um site q usa-se palavras faceis como este...muito bom..
Tenho certeza q eu e meu grupo vamos tirar uma nota muito boa!!!
Obriga por postar, estes conteúdos!!!!!

Anônimo disse...

Adriana procurando sobre a guerra do opio encontrei seu blog e gostei está muito bom
Escrevo sobre a história da humanidade focando as epidemias que, de certa forma, influenciaram muito os acontecimentos. Passe por lá, talvez quando escrevi sobre a invasão do Congo pela Bélgica te interesse. Agora estou escrevendo justamente sobre a china, brevemente publicarei
abraços Cássia Mendicino
minimumvita.blogspot.com.br