domingo, 13 de setembro de 2009

África – estratégias de divisão (parte IV)

Fronteiras arbitrárias: a África atual


• Permanências da repartição colonial - 60% das fronteiras é formado por retas ou de arcos de circunferência, evidenciando a artificialidade das fronteiras.
• É possível afirmar que muitos dos conflitos étnicos que existem hoje são reflexos da partilha da África?
• Os Estados africanos atuais, na sua maioria, não tem unidade cultural, lingüística ou cultural.
• Existem casos em que um mesmo Estado abriga várias nações ou até uma única nação dividida em dois ou mais Estados.

Leia também: http://http//www.tamandare.g12.br/Aulafrica/conferencia%20de%20berlim.htm


Os “frutos” do imperialismo

• Distorções nas estruturas econômicas, sociais e culturais dos territórios dominados
• Economia tradicional comunitária ou de subsistência: totalmente desorganizada pela introdução de cultivos destinados a atender exclusivamente as necessidades das metrópoles.
• Pode-se dizer que a fome atual decorre também dessa imposição?
• Intrigas entre etnias foram estimuladas e antigos reinos destruídos, vencidos pela superioridade militar dos colonizadores.
• Guerras tribais acirradas e/ou criadas no rastro imperialista
•Vários povos, antes auto-suficientes em alimentos, passaram a depender de produtos importados das metrópoles.

Referências no primeiro post.



4 comentários:

Nanael Soubaim disse...

O pior é que já não dá, após tantos séculos, para simplesmente redesenhar mapas e colocar cada nação em seu devido país. Ao meu escasso entendimento, é necessária uma reforma geográphica, mas para antes se deve apagar o incêndio das guerras étnicas que a convivência forçada acendeu. A África de hoje, à excessão talvez da África do Sul, não se sustenta.

Adriane Schroeder disse...

Sim, com certeza, Nanael.
Convivência forçada, inimizade forçada...

Fernando disse...

Oi Profa. Adriane,

Valeria uma problematização do François Hartog. Ele escreve um texto muito bonito discutindo a noção de fronteira e o quanto elas são, eminentemente, simbólicas. O texto chama-se "Memória de Ulisses: Narrativas sobre fronteira na Antiguidade". Z. Bauman também escreve muita coisa interessante sobre fronteira. Penso que seriam muito pertinentes debatermos no blog... Fica aí lançada a discussão. Quem se habilita a iniciar a discussão?

Um abraço

Fernando Sossai.

Adriane Schroeder disse...

Olá, Professor Fernando.
Excelente contribuição. Creio que tu és a pessoa mais indicada para tanto. Sugiro que escrevas um texto inicial sobre a questão poposta, para ser publicado aqui como post, a título de início deste debate.
Abraços!